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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

↓ são verdades...

As mentiras dele

Ah, ele, que cara mais idiota, estúpido, que eu odeio mais que tudo, um, um, um, bobo , irritante, controlado pela mamãe, eu odeio tantas coisas nele, odeio mais que tudo amar esse crápula. Me conhece tanto que diz que me ama nas horas difíceis, chora no meu ombro quando briga com a mãe, canta a música que eu mais gosto no meu ouvido só pra ficar tudo bem...

Ai leitor sempre existe um cara assim nas nossas vidas, querendo ou não querendo. Na minha história esse idiota, mimado, sem noção foi o meu namorado Rodrigo. A gente tava junto, sabe, há muito tempo, muito tempo mesmo. Era natal quando nos conhecemos, um natal muito chato que, porém se tornou o melhor natal da minha vida. Quase meia noite e eu estava muito atrasada pra ir à casa da minha mãe, cheia de bolsa na mão, o rosto molhado da chuva, o cabelo que levou horas pra ficar pronto se desmanchou do nada, ele escorrendo no rosto, o lápis de olho borrado e a roupa encharcada. Passando pela rua principal a da minha mãe eu encontro uma loja aberta, não resisti uma liquidação de última hora. (Claro que eles iam saber que existiria uma desorganizada como eu procurando presente minutos antes da meia noite)

Entrei na loja, uma vendedora com cara de bunda olhando pra mim com aquele sorrisinho falso de véspera de natal, onde bem La no fundo era um pedido, do tipo “saia logo daqui, eu quero ir pra casa” me perguntou se podia ajudar, só que pro meu desespero não tinha nada. Sai correndo era cinco pra meia noite e eu a duas ruas da qual eu tinha que ir. Estava sem rumo, quase surtando, até que eu esbarrei em um cara, não um cara qualquer...

Aquele tipo de cara Arnold Shuazneaguer, não to exagerando, aquele cara tipo Brad Pitt. Ai... O sonho de consumo de qualquer mulher desesperada na véspera de natal. Que lindo ele era, todo fofo, perguntando se podia ajudar, com aquela carinha de cachorro sem dono. E o meu coração acelerando cada vez mais, pedindo socorro, implorando por misericórdia, suplicando pelo último desejo. Eu não conseguia dizer nada, estava com aquela expressão de quem acabou de sair do Saara procurando algum lugar seguro, sem mulheres doidas querendo uma liquidação daquilo que não tinha. Ele com aquele sorriso singelo olhando nos meus olhos, seguindo meus contornos lábias...

Que cena para se guardar na memória, menos pela súbita sensação de ter escutado alguém gritar amor de não muito longe, de uma casa com festas e alegria. Meu sorriso cessou, o olhar do meu Brad Pitt brasileiro correu pra janela mais próxima e La fui eu correndo pra casa quando escutei os gritos de feliz natal das casas vizinhas. Um imprevisto aconteceu, eu disse pra mamãe, ela por fim teve que acreditar se não qual seria a explicação mais racional pra uma filha estar molhada, encharcada, e com uma péssima cara natalina. Quando fui apanhar as bolsas de presentes compradas de última hora, estava faltando uma, exatamente a da mamãe. Já da pra imaginar ela ficou uma fera, achando que era mentira e blá blá blá .

No dia vinte e cinco, quando estava em casa vi que a bolsa não estava no armário nem em lugar nenhum. Até o meu telefone tocar, uma voz grossa e linda perguntou se alguma mulher com o meu nome morava lá. Ai que sentimento estranho, parecia que eu já havia escutado essa voz em algum lugar. Eu enfim assenti, meu coração acelerou, minha boca tremeu, bati meu pé na quina da cama dei um berro no meu interior e cai na cama, continuando a conversa com o meu Brad Pitt brasileiro. Que conhecidencia ou que doideira ou sei lá mais o que. Ele veio me devolver à bolsa de presentes no dia seguinte. No decorrer dos dias nós vínhamos nos encontrando, ele me cobriu de promessas, disse tantas coisas, tantas palavras lindas e românticas...

Passamos o romper do ano juntos na praia, claro que já tínhamos ficado uns diazinhos, abafa gente mais ele beija muiiiito bem. Rsrs

No dia primeiro eu fui ver a minha família e levei o meu Brad Pitt brasileiro comigo pra dar o feliz ano novo pra família da Angelina Jolie brasileira dele. Tudo ocorrendo muito bem, até o meu pai, fazer um daqueles discursos de ano novo tão brega que me deixou um pimentão.

O Brad se deu muito bem com a minha família de doidos.

Uma coisinha meio estranha era que a gente já tava ficando fazia um tempo, e nada de ele contar sobre a família dele. Um dia ai de janeiro quando ele tinha dormido lá em casa, o celular dele tocou. O Brad tava no banho com certeza não havia escutado o toque do hino do fluminense. Na identificação estava um nome meio sei lá. Acho que já tinha escutado ele dizer ou mencionar por alto. Eu deixei cair na secretária eletrônica que depois eu vim a escutar. Uma voz fina e sem sal, falava.

“Ai amor, quando você vem pra casa? Estamos com saudades, um beijo da sua ursinha.”

Putz, que raiva, com cerveja era a mulher dele, perguntando se ele vinha pra casa e que ela e os filhinhos loirinhos e bonitinhos deles estavam com saudades. E eu aqui, a babaca tendo um romance extraconjugal com ele. Que droga, será que ele tinha aplicado a primeira mentira?

“1° mentira: Querida, vou a uma reunião de trabalho. Volto logo, TE AMO.”

E acaba que nessa reuniãozinha ele tem um caso com uma vagabunda qualquer da vida que se derrete toda e a mulherzinha dele toda certinha esperava em casa com a sua prole.

Ai que horror. Será que eu era a vagabunda da vez? Será que eu era UMA das vagabundas da vez?

Ai que horroooor. Meu mundo se desabandoo. Tudo por causa de uma mensagem idiota de uma caixa postal idiota de uma ligação idiota de um celular idiota de um cara idiota que podia ter esquecido o celular no hotel. Assim ele iria embora e eu choraria amargamente por semanas, até me tocar que tem um monte de Kaká aqui com sangue brasileiro e rosto lindo e um corpinho gostooosoo a solta por ai.

Fiquei muito fria por alguns tempos, até que um dia quando eu estava escovando os dentes ele atendeu uma ligação da “mulherzinha”, que ele mencionou como mãe.

Tudo bem, bola fora mais essa mentira pode ser verdade. Será?

No aniversário dele que é bem no comecinho do ano eu fiz uma festinha surpresa pra ele no meu apartamento, só que quando eu estava indo atender ao telefone, eu escutei a voz do meu brasileiro com Genes americanizados conversando de forma estranha com o porteiro que estava resolvendo o problema da vizinha. Nada demais, só que quando eu vi o que eu queria não ter visto. Ele estava acho que se insinuando pro porteiro. Ecati.

Tava se achegando, com o sorrisinho de quando nos conhecemos... Será que a segunda mentira estava por vir?

“2° mentira: Ele é gay, mais não teve coragem de confessar.”

Será? Será?

Que confusão. Eu já preocupada, ligando pras minhas amigas pra perguntar o que fazer desesperada, até que o ouvi falando...

“É assim que eu a conquistei, vai fundo cara, essa ai não vai resistir.”

Ufaaa.

Eleee não é gay. Que alivio. As minhas amigas disseram que eu desconfio demais. Que nada, sou só preocupada. Hum...

Ai, nesse dia a noite foi longa amigaaa. Rsrs

Na páscoa eu fui com ele ao supermercado comprar os ovos e umas comidas, porque nós íamos passar com a família dele. No caso eu tinha que deixar boa impressão, afinal seria a primeira vez que eu estaria conhecendo todos da família.

No mercado o safado, tava se assanhando com a coelhinha da Nestle. Quando eu cheguei bem perto deu pra escutar a ladainha de sempre.

“Você é linda, será que esse coraçãozinho de coelhinha tem uma vaguinha pra um amante por cenourinhas?”

Que coisa ridícula eu sei, mais não teve jeito, homem é tudo igual só muda de endereço!E ai vai a terceira mentira:

“3° mentira: Querida eu sou fiel até a morte.”

Essa ai, nossa. Quero ver o homem que nunca disse pra namorada, noiva, esposa ou até amante (essa última é meio improvável, mais né) que era fiel.

Na festa junina a mãe dele veio pra minha casa, porque eu e o Brad brasileiro estávamos morando juntos já. Ela foi tão insuportável que me deixou com os cabelos em pé. Toda hora me chamava, pedia pra eu fazer alguma coisa, e tudo o que eu fazia estava errado. Nada era bom pra ela. Tudo o que eu menos queria naquele momento era uma sogra mala.

A festa foi no meu prédio, e eu tive que ensaiar as criancinhas pra dançar. A mulher não se intrometeu, mas armou o maior barraco porque a filhinha mais nova dela, a irmã do meu amado, que parecia mais uma Cruéla Devil dos cento e um dálmatas, mimada e chata não estava dançando bem o bastante. Ai amigo leitor aí não teve jeito eu rodei a minha baiana que já tava se segurando fazia tempo.

A mulher falou tanto no ouvido do Brad que ele veio reclamar comigo. Veja só. Ninguém merece. A gente brigou de novo. Já era a terceira vez só naquele dia. Tudo por causa dela. Ou seja, a quarta mentira:

“4° mentira: Você sempre vai ser a certa pra mim, amorzinho.”

Ai os dias pra ela ir embora demoraram tanto que eu já tava quase chorando de raiva.

No meu aniversário tudo o que eu menos queria aconteceu. Ele terminou comigo, sem mais nem menos, disse que nós não dávamos certo, que queria seguir a vida dele. Que eu ia encontrar a pessoa que eu iria com certeza amar de verdade. Eu desabei em lágrimas...

Uns dois meses depois eu o encontrei numa noite escura e bela. Ele estava com uma mulher tão sem graça quanto natal sem peru.

Ele nem falou comigo, não deu nenhum oi. Acabou comigo, que boba ainda o amava.

E a quinta e última mentira do homem da minha vida:

“5° mentira: Eu vou te amar pra sempre!”

Que frase mais pequenina mais com um significado tão grande.

A vida vai passando e o meu amor deve estar me esperando em algum lugar. Enquanto isso eu vou deixar a tropa de Hollywood no armário e seguir em frente.

Afinal que homem não mente?

Rsrs

E nós também.

Um beijo leitor, mulheres unidas jamais serão vencidas.

Rsrs



Texto feito por: Isabella(moderadora)

contato:primeirinha@oi.com.br


espero que tenham gostado..

em breve posto a continuação!

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