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domingo, 28 de fevereiro de 2010

28/02/2010


Como são absurdos os amores e desamores dessa espécie tórrida e inescrupulosa. Beijam e não beijam, abraçam e criticam pela insensibilidade alheia. Hipocrisia seria a palavra certa. Repugnante é o olhar trepido sobre as calmarias da noite e as turbulências diárias. Onde cada um quer e jura amar. Onde cada um brinca e faz o outro sofrer, onde ninguém fica livre da prisão, onde ninguém sai de trás das grades do coração. Que mundo é esse meu deus, que deixa os fulanos subirem mais e mais sobre os esqueletos frágeis daqueles que nada tem e muito temem. E de novo eu pergunto: Que mundo é esse?! E da chuva vem às lembranças mal contadas, as juras de amor infantis, o calor do corpo daquele que te disse não e o pretérito mais que perfeito que gargalha desse nosso jeito neutro. E agora os adolescentes sem causas desfilam aqui e ali, de tênis, calça justa e blusa larga gritando ao mundo que eles ODEIAM... Ah, odeiam o tudo, odeiam o nada, odeiam a palavra odeio e odeiam mais que tudo o amor que não tem. Fazem e acontece. Prometem e descumprem. Falam mal e segundos depois estão naquele amasso sedento por mais na beirada do sofá. Vida bandida. Todos falam... Todos gritam... Todos se viram para as árvores velhas e dizem não. Todos mudam. Todos crescem. Todos nascem de novo a cada dia interminável. Todos questionam. Todos filosofam. Todos dizem a sua verdade. Todos impõem a sua verdade. Todos mentem. Todos omitem. Todos caem na rede do destino. Todos se cansam. Todos juram serem felizes. E nesse vai e vem, nesse chove não molha, surge à dúvida, o querer, o pesar e o saber... Onde qualquer um que respire que deixe cair as minúsculas e incessantes gotas cristalinas dos olhos claros ou escuros, que repuxem os lábios para cima como expressão de sorriso, felicidade, passam por diversas situações idênticas. Onde na primeira pessoa do singular, todos dizem... “Meu coração está acelerado sem ao menos ter um motivo sensato para isso. Comecei a me arrepender de decisões passadas... Mas talvez tudo isso não passe de uma absurda carência. Não sei definir de fato o que sinto, e muito menos por quem. Quem vê diz de cara que é só adolescência. Mas somente são os furacões do coração que esperneiam pela certeza que não aparece. É tarde demais para um... Cedo demais para outro... Acho que já posso enlouquecer com a idéia de arrependimento pelas decisões futuras... Porém, pior que arrependimento é o medo de magoar quem gostamos ou até a nós mesmos... De novo. Sinceramente não sei o que fazer, e não fazer nada é a mais cruel das missões. Chorar ou não chorar. Rir ou não rir? Devo estar louca... Ou não. Escolhas. Elas nos matam. Elas nos ensinam a viver... Escolhas são contraditórias. Escolhas são ilusórias... E o tempo é o senhor da razão, onde ele dirá se sim ou não.” Momento de insanidade ou de suprema sabedoria? O que você diria?






Isabella C. / Juliana L.

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