BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

duas perguntas.




Há pouco tempo atrás, talvez dias, me fizeram uma pergunta, duas na verdade, dificílimas, de fazer cada neurônio pular quase como pipocas em fogo máximo. Eu não me encontrava entre a cruz e a espada, meu corpo não estava nervoso, meu subconsciente não estava em total êxtase. Eu só estava aprendendo. De novo, mais sim, aprendendo como os pássaros mais novos aprendem a voar. Eu estava aprendendo a me inclinar, sentir o vento sobre meus cabelos e decolar via ao desconhecido. Só que não é tão prático assim, não posso simplesmente querer, eu tenho que saber encher a boca da mais leve porção de sabedoria, sentir em minha língua o queimar das letras que mais para frente se tornariam palavras abrindo vôo para o nebuloso infinito. Tudo era questionado, era ação e reação, e fui desencorajando, perdendo a vontade de tentar, esquecendo os pássaros e me assemelhando à aqueles tatus que se escondem amedrontados. Patético, mais eu estava assim. Com nó no estômago, com minúsculas gotas cristalinas escorrendo pela testa, o famoso suor que desmanchava pouco a pouco aquela maquiagem demorada, que somente se resume em estética. “Quem é você?” “De onde você veio?” O porquê de eu não conseguir responder isso não me passava pela mente, eu devia estar surtando nessa hora. Sem saber, sem palavras, essa não era eu. Talvez uma novidade. E então se essa não era eu, então o que eu era? “Uma adolescente complicada, sem causas, que grita e aos poucos enche os olhos de água quando está com raiva, que sorri a quase todo momento, que ama questionar, que discuti sim, não por prazer, mais por dever, que jura odiar quem diz “te amo” sem amar, que amadureceu rápido e que se mantém segura em seus pensamentos. Uma menina, apenas uma menina ainda, que espera não pelo príncipe encantado, mais por mais uma paixão da vida, ou talvez espera por aquela paixão, a que esta destinada ao seu coração. Ou então, uma menina-mulher, com pensamentos curvilíneos e inconstantes que voam como mísseis a sua volta sem um destino. Quem sabe, uma mistura então do passado, presente e futuro. Uma constante metamorfose, uma constante incógnita por agora, com esperanças e desejos, com aquele brilho no olhar ansiando pelo novo.” Como mencionei, não era fácil responder, não era normal como aquele vento no verão, era só difícil. Só que eu não me prendi nesse difícil, fui além, sempre vou além, porém isso pode ou não me definir, depende do ponto de vista. “De onde eu vim?”

“Eu vim do meu pai, da minha mãe, eu vim de mim, dos meus avós, dos meus ancestrais, vim de Adão e Eva, eu vim dos homo sapiens, vim dos neandertais, vim dos primatas, dos dinossauros, vim do big bang, vim do mistério, ou apenas de Deus.” Existem pessoas, seres humanos, que se definem, enchem o papo com palavras cujas são chamadas de qualidades e defeitos, ou apenas de palavras, e se dizem saber. Mas o legal, o engraçado da vida, é que todos nos surpreendemos, com o novo, com o velho, com o passado e com o futuro. Não podemos ao certo saber de tudo, não podemos afirmar tudo. Apenas devemos deixar a vida nos levar. Apenas devemos nos perguntar “Quem é você?” “De onde você veio?” Dificilmente temos respostas, dificilmente temos o certo e não temos o errado, tudo depende do que você vê, do que eu vejo, do que nós vemos... Que o mundo então evolua e cresça que novas descobertas gritem para a população, que então o amanhã nasça, porque já é verão.

0 comentários: