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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

outro fim,ou não...


Na verdade eu gostaria de saber o porquê de ser tão cedo. Minhas pernas estavam tremendo, meu estômago embrulhado e o papel que estava na minha mão já amassado estava quase se rasgando. Toda social vestido preto, cintão branco. Nervosa? Muito. Meus pés batendo no chão em uma velocidade incrível aos olhos nus. E a saudade agora nos fazia lembrar aqueles momentos em que rimos juntos, em que choramos vendo um filme bobo e fictício, os momentos de bagunça com bolinhas de papel voando como mísseis ao nosso redor. Lembranças, amores, amizades, aprendizados... Que sejam para a vida inteira. Nosso olá ao invés de adeus. A metade daquela ponte chamada vida. Muitas pessoas, salão lotado, cada aborrecente mais nervoso que o outro. Que loucura! Era muita adrenalina junta ao mesmo tempo. O texto já estava quase decorado, eu sabia o que dizer. Envergonhada, com as bochechas rosadas. Pronta pro que viesse. Que responsabilidade! Representar aquelas quarenta e três pessoas presentes na frente de mais de sessenta. Sem gaguejar, sem ataques de risos característicos da Isabella. Desde o inicio nada dava certo pra nós, aborrecentes, antes criancinhas estressadas. Ou era a sala muito pequena ou era um professor que faltava. Que hora era? Provavelmente a hora de dar chilique. Improvável. Triste. Decepcionante. Minha homenagem, nossa homenagem. Pra quem? Agora pro vento? Para as paredes cinzentas e opacas daquele salão lotado de pessoas que ririam de mim? De nós?! Não. No final tudo daria certo, pelo menos era o esperado. A expectativa! Estávamos todos contando com isso. Com a nossa luz no final do túnel, o tão esperado: deu tudo certo! Era com o tempo, com a sorte, com o destino... Rimos, brincamos, aplaudimos, cantamos e dançamos... Como as eternas crianças que lá entraram há alguns anos atrás. Momento feliz. Não um final, apenas um novo começo. Que boba! Eu chorei. Chorei por me despedir daqueles meus eternos anjos que me aturaram por tanto tempo. Aprendi com vocês, cresci com vocês. Fotos, flash pra cá, flash pra lá.__ Ri Isabella, para de chorar, não borra a maquiagem!__Não era a minha consciência, só a minha mãe que com a máquina na mão tentava falar via mímica. Não posso esquecer. Quem em sã consciência diz que está filmando e não aperta o botão start? Ah sim, a minha progenitora mais orgulhosa da sua primeiríssima! E eu ri, de novo e de novo. Abraços! Era dia da feira de abraços e eu era a que mais fazia essa doação. Um por todos, todos por um. Pra sempre, sempre e sempre. E até de nariz vermelho eu não cansava de me intrometer na foto dos outros! Isso é de praxe. Um dia pra ficar marcado na memória, nas fotografias, nos corações... Momento feliz. Eu cresci, nós crescemos, nos formamos! Conseguimos então...

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