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domingo, 7 de março de 2010

vida bandida.


Veja como o mundo é com trapaças e derrotas. Com dúvidas e erros. Com amores e desamores. Com mil amores, com mil desamores. Com sorrisos escandalosos e lágrimas interrompidas. Com esperanças e arrependimentos, onde o centro, o núcleo, a estrela esplendorosa que procura pelo holofote certo é você. E o tempo passa... As chuvas secam, as flores caem, o vento vem e trás de volta tudo aquilo que você fez questão de deixar nublado, no fundo da caixa. Seu ser desmorona. Procura alguma saída, e não encontra. Se vê entre a cruz e a espada, de mãos atadas sem saber o que fazer. Chora, soluça, clama por ajuda. E não encontra. Afinal é só você. E esse só você se sente dormente ao lembrar nostalgicamente cada vestígio do passado. E lá deitada na cama você procura o botão de pausa ao passar os olhos pela inerte e cinzenta parede. Procura e não acha. Quer voltar e não consegue. Quer mudar e não pode. E só resta a impotência, que mais tarde olhando pela janela aquela tarde chuvosa e apática, se junta com o ciúme daquele romance inacabado de verão que hoje sussurra canções abobalhadas de amor para aquele outro alguém, fazendo assim crescer e subir o nó da garganta que acaba com o marejar súbito dos olhos já arrependidos, onde no vai e vem da ventania se trai e derrama mínimas gotículas pescoço abaixo com a irritação que já subia quase como aranha por seus tecidos. E com a irritação vem a compreensão ao pensar no que fez, faz e vai fazer. Sons estranhos são percebidos subindo pela garganta onde antes estava aquele enojado nó. E você estranha, se vê perdida na escuridão e não repara que eram apenas risos. Gargalhadas. Era ironia. Era irônico enxergar o nada no reflexo do espelho latente e brilhante na parede do banheiro pomposo do lar aconchegante. E você ri de novo, porque é bom. Depois se encontra na encruzilhada. E entristece novamente ao ver no fim do túnel a cápsula temporária que jamais alcançaria. E não chora por ele, pela sorte grande que hoje esta na mão do outro alguém. Chora por você. Pelos tempos de guerra que não venceu. Pelos olhares que não trocou. Pelas infantilidades que cometeu quando já não era mais tão infantil. Chora pelo tempo perdido e pelas mentiras contadas. Chora pelas mentiras descobertas e pela vida que resta. Chora pela simples vontade de chorar. E se perguntassem quem queria um precipício quente e expresso você levantaria timidamente a mão e repuxaria os cantos dos lábios pela facilidade ali encontrada. Segundos depois, balançaria a cabeça e afastaria o pensamento inescrupuloso e andaria de um canto ao outro, gastando as solas dos sapatos e arranhando o assoalho. Procurando e novamente não achando. E depois só restaria esperar. Só restaria pensar em passar o dia feliz. Só restaria lembrar-se daqueles momentos bons. Só restaria pegar a bolsa e se jogar. Só restaria entrar e não querer sair do nebuloso baú de lembranças...

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