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terça-feira, 6 de abril de 2010

solidão mascarada.


É hora exata do apogeu, quando o frescor do amor se mistura com o fogo da paixão, momento exato em que o seu olhar é camuflado com o sabor da fugaz ilusão. Onde além das mais singelas montanhas sinto-te em mim, atiçando brasas, culminando meu fim, recordando o abraço colado daquela tarde de verão, trazendo a tona o vermelho vivido deste coração indomado, o farfalhar dos ventos hoje já cansados, a união de dedos não mais entrelaçados. Memórias vivas que já seriam clichês iniciando a busca pelo futuro a muito sonhado. Cavaleira do destino, rainha desta prisão, esqueça os temíveis reis de copas, finja que tem um coração. Linda mulher, bela dama, encare o sol que ilumina suas preces por um motivo, paradigmas do destino, gangorra do coração, seu milagre de verão. Gotículas inodoras que jorram como cascatas incessantes deste céu abundante, metamorfose fria que assobia seu insensível perdão, carma da paixão, sentimento oscilante que despeja contradição, diga que não é tarde demais para uma velha canção. Diga, por favor, diga, minta, omita, antes que esta desfaleça como pétalas sem ganhar o beijo da solidão.

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