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terça-feira, 1 de junho de 2010

Le réalité de amour


Era lua cheia e o céu desprovido de pontos brilhantes caracterizava o frio tempestuoso que batia à porta de quem se aventurava a enfrentá-lo pouco a pouco. Era a festa na realeza. Os mentirosos mesclavam-se com a impetuosa unanimidade, gargalhadas de abutres anunciavam a enraivecida calamidade, a estampada verdade, a tão nublada realidade. Fazendo com que como um rompante a bela dama não mais domada lutasse contra seu pior inimigo. Ressoar de espadas tilintando, gritos finos apagados pelo breu, lágrimas invisíveis a olhos nus, ventanias que uivavam a perda da mais viva luz. Vitima da própria vontade, acovardada pela própria valentia. Ora destemida, agora inacreditavelmente caída aos seus pés. Típica calmaria lograda com o clamor da falsa alegria. Incerteza era rima aos ouvidos da alteza, era a juventude perdida em uma simples estação. Hipocrisia juraria esta de pés juntos. Olharia em olhos teus e depreciaria tamanha covardia. Abriria teus lábios e despejaria veneno, corroeria seu interior como quem nada quer, para ao fim do espetáculo enfiar-lhe a espada que a trucidou em sua mais intima esperança. Todavia, ao raiar do sol, o relógio parou e o soldado que tanto jurou amor, ajoelhou-se perante o túmulo da ultima gota daquela paixão que como uma fênix ressurgia ao encontro da desilusão. Era muito a se esperar, eram séculos que voariam feito mísseis enquanto a loba com sede de viver aguardava seu ressurgimento, era a impotência, era a ardência culminando a bela dama pouco a pouco, enquanto esta recordava o último rompante, o último instante em que o seu coração desabrochou como uma rosa ao encontrar o túmulo del’amor.

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