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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Palavras soltas.


Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.* Nesse mundo desprovido de mágica os desejos mais parecem figuras distantes. Mais parecíamos vigias de nossa própria prisão sentimental, cavalgamos inutilmente dentre esses vales chamados ruas, nos imaginamos infantilmente em histórias que saltitam de princesas desesperadas a procura de suas maiores fantasias amorosas até dragões gigantescos combatendo o tediante transito semanal. Tantos sorrisos escandalosos são nublados pelo desesperador soar dos relógios matinais anunciando a ventania problemática que flutua pelo céu a procura de mais uma vitima do destino. Um brinde a amizade, a felicidade, a prosperidade. Que um dia chegará. De grão em grão. De minuto a minuto. Sempre inovando. Talvez a tão dita lei da vida.



* = Fragmento de William Shakespeare

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

theater masks


A vida é um concurso de beleza. Nada nem ninguém podem o contrário disto dizer. Um manual quente e expresso muitos querem. Poucos possuem. São escolhas e dedos entrelaçados que não voltam. São sorrisos que se apagam com o cair de uma noite e renascem com somente uma fagulha ao raiar de um dia. São inexpressões. A vida é um palco. É uma peça. Peça de quem prega peça. Romance, tragédia, comédia. Quem quiser escolher, que fique a vontade. Tem de tudo, do bom e do melhor. Muitos querem o pior. Também tem. Tem de tudo. De tudo um pouco. Talvez a vida emoldurada em um porta-retrato. Digital. Porque agora, ninguém quer o velho. O usado. Belezas,lembram? Bate o martelo advogada do D. critica da peça. Quem é o feio, quem é o bonito? Quem é quem? As máscaras caem com a última badalada. As cortinas se fecham. A luz se apaga. E o manual continua perdido... Se é que ele existe.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dilemas da mãe V.

De tão surpreendente o entardecer é, que nos faz imaginar como será a noite. Perambulamos sobre o tempo de um modo inexplicável, levantamos vôo como pássaros que caem de seus ninhos. Caminhamos sobre o mar como quem nada quer. Gritamos ao nada o nosso gigantesco e irredutível tudo. Ganhamos espaço na multidão. Aprendemos a dizer cada som, cada palavra, cada frase, cada arrogância e aprendemos também a esconder cada medo. Quem disse que me disse, que disse pra aquela lá que disse pra esse aqui que berrou pro lá da esquina que a vida é injusta, tinha razão. Um chá de tolerância espera aquele que tudo quer. Já para os desocupados, a mãe V, oferece um comprimido de realidade, talvez sirva. Do mais previsível, do mais rotulado, saem as divinas e complexas palavras de suporte. E do mais lindo dia, do mais radiante sol, da mais forte lembrança sai o tal entardecer, acho que se chama esperança.