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sexta-feira, 11 de março de 2011

Um amargo adeus.

e quando a chuva vem e toma o brilho do céu para ela? e quando uma estrela vai para ele se juntar? é triste. deixa-se metade do que construiu presente neste mundo terrorista e se vai. para longe, brilhar no mais alto céu, iluminando as noites quentes de verão. diz adeus muitas vezes sem querer dizer. fecha os olhos para o que gostaria poder ver pela eternidade. caminha lentamente pela estrada mergulhada em nevoas que é o desconhecido. muitos choram. muitos sucumbem à tristeza. poucos aderem a fala. poucos conseguem falar. é quando a hora passa lentamente crucificando quem derrama goticolas prateadas. sem conforto. ou forças. querendo este mesmo relaxar e ir de encontro à nevoeira distante. tão distante para os mortais que ficaram. tão perto da estrela que hoje junta-se ao céu. da estrela que fez e recebeu alegria. da estrela que aqui deixou um filho. filho da terra. que de lá, esta clareie o caminho dos que aqui estão. que olhe por quem ficou. que eterna seja, pois foi tudo o que restou. - Ao Diego, forças amigo!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

foi pouco mais de uma hora.


Ora, o senhor do tempo nos surpreende tanto quanto o temporal devastador que assola parte dessa população. tempo este que decorre lenta e ruidosamente, como se dele nada nem ninguém dependesse. dentre as calamidades ja vistas durante os séculos passados, nada é comparado ao amor que de longe sorri. é querer e não poder ter. saber e rejeitar entender. discordia intitulada francesa, hoje despede-se da chance perdida de abalar o inabalavel. ora o senhor do tempo voa com os segundos, ora ensina as horas à engatinharem. nove ensolarados dias passaram-se. dez escaldantes noites ja se foram. quase por pressão, quase enxotadas.então, talvez enxotadas pelo velho coração que ja cansado dessas horas queria mais é arrebatar a saudade de sua vista. inacreditalvemente, os sonhos ja não podiam com ele. os olhares ja não o aguentavam mais. até as tripas que da rivalidade com o acelerado contador de vidas fez-se solidária ao aceitar tomar seu lugar apesar dos apesares. trinta e seis horas. é o que faltava. uma vida. um sorriso. um beijo. um olhar, ou nada, ou ninguém. ou tudo para alguém. - significado inexistente. ou não.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cavalo Paraguaio.


desesperador é o soar de cada relógio, que bate absurdamente sem frear os gritos agudos que o acompanhavam. pés apressados eram vistos saltitando por dentre lamacentas ruelas fedidas, que amontoadas, instantaneamente pareciam encolher. estampidos eram ouvidos ao longo entardecer, finos e agourentos. não somente um, nem dois, quinhentos ao mínimo. números avantajados como a ambição social. a cada esquina faces simultâneas eram vistas, seus rostos desfigurados por expressões amedrontadas, ora sucumbindo à loucura interior, ora buscando suporte alheio. O caos estava situado na cidade maravilhosa, ambientes ocupados por quem à morada procurasse era atualmente campo da guerrilha semanal. Inexistente segurança, promessas de meia-boca. Além do sol nascer quadrado, quem de lá não saia comandava as mairionetes que por fora passeavam. Ataques, explosões, paredes sangrentas eram o cenário perfeito do tão temido filme terrorista antes iniciado a base da tese que ao grená riscava o embraquiçado papel inapreendido pela polícia. Como silenciosos gritos, a população firmou o pé. Bateram ao peito, e como um rompante quiseram ter a certeza que acordariam na manhã seguinte, sabendo que o bombardeio talvez valera a pena. Quadrilha vai, quadrilha vem, era a hora da passeata, hora de brandindo a bandeira pelo corpo jurado protetor de seu país ir à luta por um futuro melhor. 16 horas de uma tarde longa, era o apito final. o fim do prazo. fim do acordo. até o momento, poucos haviam levantado suas armas a cabeça e buscado rendição. Era hora de invadir, abrir caminho por dentre os precipícios hoje ensolarados. Era fuga, fuga! Gritos de "Peguem ladrão!". Mas não pegaram... Estiada a bandeira foi, ao topo do mastro parou, balançando ao vento que soprava num fim de tarde movimentado. Sorrisos inocentes eram reconhecidos em rostos antes passados despercebidos. Olhares brilhavam como holofotes em sua maior potência. Era o estado de mãos dadas, caminhando para juntar o quebra cabeça de mil peças. 2x0,2x1,2x2 só podia ser um cavalo paraguaio mesmo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

como a velha inocência,


as vezes tudo sai do lugar, os pés fazem-se cabeça e as tripas,coração. a incessante busca pela verdade ora sufoca ora engorda. chocolates aleitados são requisitados por dentre noites frias de Novembro quando os cobertores tornam-se utensílios do cotidiano feminino, galgando degraus até ocupar a mesma posição de importância que o esmalte cintilante rosa blasê. encarar o espelho é só mais uma esquina até a estação final. logo depois vêem-se os cacarecos pelo chão, pequenas facetas quebradas pelo tempo, como acidentes de percalço. até que o airbag te empurra e braços agarram-te antes que caia, como letras musicais sem melodia, deixando a brisa soprar o som mais gostoso de se ouvir, seria aquela voz acrescentando sorrisos e uma pitada de pimenta-do-reino para dar gosto ao enjoante amor. os braços te seguram e o frio cortante te arranha a pele com passar do tempo, pelo simples e ameaçador. vulneráveis dias caminham com o intuito de chegarem e fazer o presente tornar-se passado usando o apenas "adeus". são passos leves sob areias fofas do sul, dedos entrelaçados balançando abobalhadamente enquanto o rádio xia procurando a estação habitual. lábios quentes aquecem e colocam tudo no lugar, ou terminam de espalhar o que ali e aqui ainda estava escondido. lábios espelhados tocam-se, vidro, com vidro. dois, um. onde quem quer buscar a sua verdade, dividi-se ao meio tentando encontrar o mapa da mina. abobalhada realidade,ser humano de facetas teatrais, sem imaginar que sua verdade está escondida nas vidraças mais próximas, porque quando começamos a expressar nossos sentimentos, é difícil parar...
*correr atrás do que realmente queremos é uma obrigação!

sábado, 13 de novembro de 2010

dedico-te amigo,

essas penas perfuram tais papeis com o intuito de levarem cores ao notório cotidianho acinzentado alheio. improvável tentação, o mais pedido é dizer não! gritar, abrir as asas e voar, mas se for ao infinito terá a sensação de saber que virará poesia na boca do povo, por busca de mudança, de paz ao invés da guerra, por querer sonhar e realmente exagerar. é uma nova geração, que diz querer dinheiro, seduzível, onde de dez à cem, tem mil. largados ao mundo com a áspera violência social. palavras machucam, coração mata. É hora de ir à luta, com espada e refletor na mão, colocando cara a cara o acovardado ator das emoções. que venham cavalos alados de galopes em galopes, derrubando dragões alienados que cismam com o irreal. amor é pra quem pode, crescer é pra quem quer. vem e dança na chuva, só não espere acontecer, aprenda os passos e caia na noite, sem querer saber o que depois irá fazer.
* aliás, multas de transito matinais podem assustar, cuidado para não vir alta demais, o preço poderá ser sua vida.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

se sbocciano i fiori,

onda absurda de fogaréus coloridos saltitam por dentre entranhas conhecidas. meramente familiares. chamam-se lembranças passadas vividas outrora no presente. quem disse pra aquele lá que disse pro lá da esquina, riu de muito já passado. galgando aos poucos os dias ameaçados por trovoadas estrondantes, de onde ventanias chegam. ora bem, ora mal. ora ruim, ora bom. faces refletidas nas poças lamacentas de esquina, horas que engatinham e melodias acompanhadas de cafés aleitados na xícara de vovó. e se forem rosas, florescerão.