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domingo, 25 de abril de 2010

Palavras enigmáticas


Tempestades,trovões,raios,gritarias,desilusões.Vida. Conotativamente, mas real. Terrivelmente real. São verdades que tornam-se mentiras com o estalar de dedos ironicos e estranhamente familiares. É o herói que vira vilão ao crepúsculo. É o passado fazendo questão de gargalhar melodiosamente da sua face bestificada com o poder das palavras. É o pôr do sol da tarde de verão que se nubla e consequentemente mescla-se com o matagal inundado pela enchente de pesadelos perseguidores de meninas indefesas. Só que energicamente, prazeirosamente, a cavaleira foi despertada, imposta a tudo e a todos, onde hipócritamente era fácil dizer que a menina antes indefesa, entre o tique-taque interminável do relógio apaixonava-se pela já conhecida desilusão. Que rufem os tambores, o disse-me-disse vai começar, as cenas dignas de um palco, hoje desceram feito nós pela garganta rebelde. As luzes se apagaram, o show acabou, o velho voltou, tudo desmoronou e a pequena Alice em seu país das maravilhas derramou duas incessantes lágrimas da forma mais inocente já vista, querendo assim lavar o passado, lavar o presente. Era pureza. Era a calmaria irritantemente imposta, era a noite mais longa, era o silêncio acompanhado por brasas que a sucumbiam pouco a pouco. Era o tudo, era o nada, era uma enraivecida calamidade, era a dúvida imitando a tal verdade.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Morada do ninguém.


Escuro, sombrio, terrivelmente gélido. Inapropriado, inabitável, indevidamente amado. Bem te quero como chuva no inverno. Como abraços colados, como beijos estalados. Sinto loucamente meu simplório ser se desfalecer por causa sua. Vi minhas entranhas se esmagarem e meu coração pular daqui de dentro. Alcancei seu olhar que me procurava com fome de prazer. Deixei- me levar pelo tortuoso caminho da paixão, acreditei, lutei e como uma cavaleira do destino, perdi para o meu pior inimigo. __É inabitável!__ eu queria falar, gritar na verdade! Mas não podia, meus lábios selados como estavam, não se mexiam, não reagiam a tal força. Meus braços puxados com brutalidades não se defendiam como deveriam, não mostravam que ali não podia alguém existir. Estalidos intermináveis, guerra de heróis. Inerte no chão coberto por ervas daninha hoje já não tem mais valor, o tão disputado amor, fazendo quem se julgas tão sábio, não merecedor do tal ardor. Anjos da desilusão gritem ao mundo que aqui é inabitável! Mostrem ao mundo que aqui não é lugar de um alguém, caracterizando o contente descontentamento. É, quero mais é um abismo tranqüilo, onde os odores são misturados e confundidos, onde o inabitável torna-se a ferida que dói e não se sente. Onde o nada vira o mundo e o mundo vira o nada, onde aqui, deitada nesta relva selvagem, pouco a pouco sucumbindo ao desejo carnal, meu ser se de conta de que ainda resta o muito a ser contado, a ser inventado, a ser irritantemente amado.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ajude-o!

Ventos desta singela tarde de verão aqueçam este incompreendido coração, proteja-o destes medos que o corroem pouco a pouco, faça-o lutar contra esta terrível paixão. Nuble suas vontades, atice suas verdades, abrace-o com carinho, mostre que ele não está sozinho. Cante para ele canções de ninar, ame-o sem pesar, cale-o se precisar. Não o deixe só, ele tem medo do escuro, tem medo do inseguro. Ele é apenas uma criança, sem confiança, sem esperança. É meu. É amigo, foi traído, portanto, por favor, trate-o com o carinho.

sábado, 10 de abril de 2010

O orgulho chamado amor


Entre os sentimentos, perdidos através do tempo, ressurgem dos ventos, amarguras passadas a muito enterradas. Diga-se de passagem, ó coração vagabundo, seus olhares são muito confusos, causam-me frios intermináveis pelo estômago acima, me comparando a uma dama domada. Patético. Vontade tamanha esta de arrancar a erva daninha antes que danifique o suturado, antes que me torne mais um ser abobalhado. Não irei deixar, ó Romeu. Não que tu me chames de Julieta, não que tu me entregues teu coração ilusório. Jogue-o no lixo, enterre-o fundo nesta terra de ninguém, jure amor pelo passado, caminhe para longe de mim, porque quando anoitecer, eu roubarei seu objeto valioso da podridão, roubarei para mim, mesmo sendo errado, ele será meu. Mesmo que crave uma espada em meu peito, não me causará tamanha dor, tolo agora desprovido de coração, perdoe-me pela franqueza, mas talvez eu apenas seja uma flor que desfalece aos poucos na prisão do tal coração.

terça-feira, 6 de abril de 2010

solidão mascarada.


É hora exata do apogeu, quando o frescor do amor se mistura com o fogo da paixão, momento exato em que o seu olhar é camuflado com o sabor da fugaz ilusão. Onde além das mais singelas montanhas sinto-te em mim, atiçando brasas, culminando meu fim, recordando o abraço colado daquela tarde de verão, trazendo a tona o vermelho vivido deste coração indomado, o farfalhar dos ventos hoje já cansados, a união de dedos não mais entrelaçados. Memórias vivas que já seriam clichês iniciando a busca pelo futuro a muito sonhado. Cavaleira do destino, rainha desta prisão, esqueça os temíveis reis de copas, finja que tem um coração. Linda mulher, bela dama, encare o sol que ilumina suas preces por um motivo, paradigmas do destino, gangorra do coração, seu milagre de verão. Gotículas inodoras que jorram como cascatas incessantes deste céu abundante, metamorfose fria que assobia seu insensível perdão, carma da paixão, sentimento oscilante que despeja contradição, diga que não é tarde demais para uma velha canção. Diga, por favor, diga, minta, omita, antes que esta desfaleça como pétalas sem ganhar o beijo da solidão.