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sábado, 17 de julho de 2010

A CARTA.

Cara liberdade,
estou em sua busca já não faz muito tempo. Os caminhos tem sido tortuosos e já me canso facilmente. Teu paradeiro é um mistério, e os mapas são desnecessários. O ponto x nunca se aproxima. Meus companheiros ora caem oram levantam-se. Encontram-se d esgastados.
Minhas entranhas anseiam por ti, e enquanto você não chega, tudo piora. A cada batida do relógio ouço seu nome quase como um clamor. Meus olhos já não querem tal escuridão domada. Querem mais. Sempre mais.
A cada dia dessa viagem, pergunto-me como será o amanhã sem ti. Encaro cada pôr-do-sol e cada cair de uma noite na espera da tua chegada.
Enfureço-me com sua demora, faço do barro água, quebro meu mundo em mil pedaços, movo montanhas... E nada de você.
Queria te ver.
Nem que só por um minuto.Afinal, eu mudei... Sinto que com um leve estalar de dedos familiares, tudo pode outra vez acabar.
Doce viajante, esta aventureira que aqui te escreve já esta cansada.
Retorne para casa.
Preciso de você como um passaporte para o mundo desvendar.

Abraços,
A Prisioneira.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vai e vem de palavras...

Tem horas, só horas, talvez minutos, que a caneta torna-se a mais leve pena e sai por si só, querendo abrir rachaduras no papel, marcando seu território. Tem momentos, que como um turbilhão, as palavras saem e mergulham na imensidão esbranquiçada, colorindo e embelezando o nada.minhas letras querem crescer, estão tornando-se lindas palavras, sorrindo a cada frase completada.querem gritar ao mundo e não consigo mais sufoca-las. aos poucos viram frases, quase que engatinhando...Vão crescendo, envelhecendo, até que enfim as pessoas se cansem delas...Com títulos me embaraço e em meus personagens me identifico.

Onde no mundo dos sonhos o impossível torna-se o reflexo daquele que mais sabe. E aquele que mais sabe torna-se o protagonista do espetáculo da Terra do Nunca. Que bebezinho lindo essa frase se tornou.

Daqui a algumas linhas talvez já seja adolescente. Será tão complicada...

E depois? Ah, depois vem os maduros e belos parágrafos adultos...

Onde...

Do pôr-do-sol eu retiro o mar.

Das rajadas de ventos capturo nevascas.

Em meu mundo as bonecas de porcelana refletem a mais bela ignorância humana.

O azul vira o rosa.

E a vontade se desfaz ao término de uma prosa.

Quero terminar com chave de ouro, na experiência das minhas palavras anciãs.

Sabendo que,

O vôo longínquo está presente no mais forte pensamento, naquela intensa imaginação, no brilho cegante de um olhar perdido, e no sorriso amarelo daquele que foi surpreendido.

Caracterizando a última linha.Não escrevo mais...Afinal só há espaço para o fim, a morte das palavras, onde tais, descansarão, no mais profundo sono, na mais bela nuvem do mais distinto céu.




quinta-feira, 1 de julho de 2010

A velha história da nova Cinderela.


Menina dos olhos de ouro não chore pela solidão.Ressuscite teu coração, domine-o pela razão, reinvente-o por paixão. Sua confusão reside nesta mente paralela, oscila dentre seus caminhos, titubeia pelo zigue-zague da emoção. Princesa de teu conto de fadas recolha teu relez sapatinho, abra lugar dentre a relva sombria. Mostre que não está sozinha. Guerreira de sua batalha crave a espada no peito de quem um dia a feriu. Menina dos olhos de ouro, não se apegue facilmente ao astuto bandido, não entregue de bandeja tua virtude ao ladrão.

Espante-o para longe, encare sua verdadeira prisão. Suas muralhas do coração. Pule-as se precisar, mas não volte a pensar. Não no que a tanto tenta evitar. Vá de encontro a felicidade menina, crie coragem e veja que sol ainda brilha e que o melhor ainda está para chegar. Quem sabe um dia, quem sabe uma noite, uma tarde talvez de verão. Como um antídoto, como uma cura. Quem sabe então um dia chegue. São jogos de palavras, é a brincadeira impetuosa do mestre da razão. Vulgo coringa. Esconde-te atrás de cortinas vermelhas, usa de suas vestes máscaras teatrais. Caminha pelas ruas como por um palco. Gargalha do destino que para ti não passa de um alvo. São os jogos da emoção. Nobre corcel que viestes de tão longe, toda balburdia outrora será em vão. Pinóquio, um dia gepeto não mais aqui estará pensando em te ajudar. São expressões contraditórias, são inexpressões. Confunde a ti mesmo, nubla tua própria mente. Vulgo apaixonado. Não pela emoção, mas pela solidão. Pergunto-me a que soar do relógio teu ser parará. Medroso apaixonante, como um circulo vicioso repete-se a velha história da nova Cinderela.